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01-04-2003

Carnaval em grande


Oiã

Carnaval de Oiã Chuva não arrefeceu cortejo Armor Pires Mota O Carnaval da vila de Oiã está cada vez melhor. Isto esteve bem patente no último domingo, gordo de euforia e entusiasmo, apesar da chuva que caiu de um céu muito fechado durante todo o desfile. As pessoas no final comentavam com agrado e só tinham uma mágoa: “mal empregado o tempo...” ou “caraças, o tempo é que não ajudou”. AGRAS EM GRANDE A organização não quis deixar de mostrar tanto trabalho feito em casa e usou fazer o desfile. Sem grandes atrasos. Só acabou um pouco mais cedo porque todos os figurantes, à excepção dos que conduziam alguns carros alegóricos, estavam encharcados até os ossos, mas isso não os impediu de manifestar em sua alegria e colaborar na folia de uma tarde. Figurantes eram centenas, enquanto os carros alegóricos eram cerca de uma dúzia para além dos mascarados, montados ou apeados, mostrando o que lhe aprazia com mais ou menos graça ou provocação, mais ou menos oportunidade. Um mascarado não fez por menos: vestiu-se de alto e baixo com folhas de jornal da Bairrada. Não era proibida a publicidade. Como de costume, o corso abria com alguns cavaleiros e alguns relinchos fora de tempo, mas as bestas entravam também na festa, ora essa! Entre os carros alegóricos, um precedia todos. Era o do Parque do Vieiro, com um cortejo feito em madeira, seguindo-o um grupo de samba, constituído por doze pares que mostravam ao som do rufar os tambores os jeitos e trejeitos de quem sambava, levando a coisa a sério. Se o desfile praticamente abria com o Parque do Vieiro, sem dúvida aqui muito mais bonito do que ele está no momento, encerrava com outro grupo de samba, das Agras, que envolvia cerca de oitenta figurantes. Com um muito especial, o presidente da junta de freguesia de Oiã, Dinis dos Reis Bartolomeu, integrando o grupo de tocadores. Os políticos também precisam de brincar em público. A lição vem da madeira, de João Alberto Jardim. Era o Grupo dos Cromos das Agras que gastou centenas de contos nos trajes. Deu nas vistas pelo número de figurantes e trajes, mas também pelo batuque dos tambores que estremecia o coração de quem assistia ao longo das ruas por onde o desfile passava, em número razoável para o tempo que fazia. E já que falamos de grupo de samba, ainda havia mais um: o dos “Indios” (sem ofensa) de Águas Boas, crianças e jovens, com adequada indumentária, mas o que importava eram os ritmos, as danças, o participar na folia que não deixaram por mãos alheias. Se Águas Boas esteve presente, e bem, o mesmo aconteceu com o lugar dos Carris que participou em força, com dois carros alegóricos, sob os temas “O Reino do gado” e um carro de combate, com soldados e tudo, combatendo a chuva e a tristeza da tarde, com a alegria própria da época. Também o Rego se fez representar com um carro alegórico e com uma sugestiva quadra que começava assim: “a capela está no chão / temos todos que a levantar”. Bonito e significativo o apelo. FILHOS DA PAUTA Mas da vila era a maior parte dos figurantes e carros, alguns bem arquitectados como o que transportava um engenho de ferro de tirar águas dos poços com uma frase: “uma solução para o Alqueva” e, ao fundo da longa carruagem, um erguedor (?). A verdade é que o engenho tirava água com os alcatruzes Como bem estruturado estava o carro alegórico do Restaurante. A comissão de festas de S. Simão aproveitou para lançar um apelo no seu carro: “seja generoso com o padroeiro…” Outro apelo havia no ar. Este vinha da junta que enfileirou no cortejo com o dumper e com um slogan: “contribuam para a limpeza da freguesia”. Assim seja! De Oiã eram também a rainha e o rei que, do alto do seu trono e fechando o desfile recebiam a arreliadora prenda da chuva que os prendia na alegria e na exuberância habituais em tais personagens. Se bem que as piadas não fossem o prato forte, havia algumas como os “filhos da pauta” que juram que “as notas são pesadas” e ainda os que empunhavam provocatória espécie de pálio a que deram o nome de “sombra do futuro”, que, se fazia algum jeito em tempo de chuva, não era o suficiente para aquecer o corpo e a alma. Portanto, estavam os homens precavidos com garrafas de bebidas. Naturalmente, outros carros alegóricos colaboraram nesta festa que começa a ganhar terreno, como o que apregoava “o jardim das nossas escolas” e outros, mas a dificuldade de trabalho reduziram os apontamentos tomados debaixo de guarda-chuva, na tarde languinhenta de domingo que, apesar de tudo, não estragou a alma do Carnaval da vila de Oiã. (5 Mar 03 / 11:21)

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